Despertar da essência através da aparência
Nosso corpo é veículo que torna possível viver toda a nossa jornada. É parte fundamental e prioridade, no aspecto de saúde e consciência de que é mais do que o que o externo evidencia na caminhada.
É um olhar para além do que o espelho mostra e reflete, para que o entendimento seja sempre algo que vem e que se repete.
O que não se vê é mais importante e o que exige mais cuidado porque é à partir dele que o visível vai ser considerado.
Mas como tudo na nossa história é processo e crescimento, ir da aparência para a essência também exige tempo e o viver dos ensinamentos.
Com a Luiza foi esse o conduzir da vida, para que ela pudesse descobrir e curar sua grande ferida.
Cura essa que trouxe entendimento, paz e conclusão para poder olhar para si mesma de forma amorosa e tornar a vivência sua missão.
Teve infância feliz, mas convivia com sentimentos difíceis, que nunca quis.
Sentia necessidades muito próprias e indispensáveis, para que sua criança se percebesse vista, amada em contextos para ela mais saudáveis.
A razão compreendia que faziam o melhor que se podia. O coração é que desejava diferente e era ele que não entendia.
Viveu exclusão, comparação, tudo que na infância causa grande dor antes da lição.
Corpo que vida deu foi tendo dificuldades de conexão, com a nutrição e a autoaceitação.
Se sentia vista por motivos que para ela não faziam sentido, assim como viveu experiências com corpo frágil que fez corpo e alma sofridos.
E no equívoco da vivência, trouxe para si como verdade momentânea que o valor de cada um residia na aparência.
Uniu experiência ao estudo e ao servir, e fez de tudo para o que era palpável e visível emergir.
Encontrou obstáculos e competição, o que a colocou em estado de compensação.
Tudo que sua habilidade emocional ainda não dava conta de digerir, era o movimento de compulsão que se fazia agir.
Reviveu inseguranças, medos e conflitos de pertencimento, que a colocavam mais perto de despertar essência através dos ensinamentos.
Se viu no oposto da balança e cresceu em tamanho e conflito, o que viveu quando criança.
As dificuldades que a alma gritava, nova ainda, não preparada, com o alimento se preenchia e assim as emoções compensava.
E entre o vai e vem do muito e do não ao que convém, decidiu por si mesma ser e amar ao que por si se mantém.
Precisou mergulhar muito além do sintoma e da dor que era latente, para encontrar raiz e cura como presente.
Aprendeu a pedir ajuda, aquela de um lugar de sofrimento com vontade de transformação, que veio do pai, com amor, ressignificar e evolução.
Começava um capítulo de olhar além das aparências, para que corpo ficasse livre depois do encontro com a essência.
O comer, o arrepender, o compensar, tudo mal digerido ficou para trás com a coragem do falar.
Colocou para fora o que nunca fez sentido, mas que ficou dentro anos, trazendo o remoer do sofrido.
Mulher, adulta curada com a sua criança, se viu em novo caminho por conta de linda e profunda mudança.
Depois de desafios de compulsão, compensação e conflitos com a aparência, compreendeu seu lugar, sua dor, seu valor e a grandeza da sua essência.
Corpo é importante, mas perto da alma é quase insignificante.
Corpo é aparência e superficialidade se comparado com alma, que é essência e profundidade.
Hoje vive missão de auxiliar nesse processo de busca e encontro entre corpo e alma, como complemento e completude para viver a vida de um lugar de leveza e calma.
Trabalha para trazer conhecimento e consciência, depois de despertar sua essência através da sua aparência.