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Na escuta do meu silêncio

Vida é calmaria, mas o externo muito barulho irradia.

É gente, é correria, é conflito, tudo acontecendo pra nos tornar perito.

Ser excelente no cotidiano viver, sem esquecer que é o interno que traz base pro ser e conviver.

É buscar silenciar o interior, para lidar com sabedoria e leveza com o exterior.

Mas esse caminho é uma construção. Ninguém nasce pronto, muito menos sabendo essa lição.

Busca por autoconhecimento, história e espiritualidade, se misturam e convergem pra fazer do silêncio parte importante da realidade.

Com a Babi, esse caminhar foi exatamente assim. Da escuta barulhenta do mundo lá fora, até o encontro com o silenciar que a acompanha trajetória a fora.

Nasceu querida, como um milagre da vida.

Pequena no tamanho, grande na intenção e marcante no caminho da missão.

Criança cheia de personalidade, mostrou cedo liderança, iniciativa e naturalidade.

Quando o teatro entra na sua caminhada, menina se descobre corajosa, destemida e muito determinada.

Mergulhada em cenas, figurinos, espetáculos e ensaios, viveu intensamente as luzes, o brilho e também os raios.

No convívio de todo barulho que vida fazia, selecionava o que ouvia ou não, como queria.

Era parte do aprendizado que iniciava e que de encontro com ela mesma se colocava.

Começou a se perceber e identificar padrões, se colocando aberta para ensinamentos e lições.

Com voz imponente e temperamento sempre à frente, se fazia ouvida, incluída e presente.

Tudo na vida da Babi, sempre muito cedo e com muita intensidade. É a essência que veio ao mundo pra aprender a ser verdade.

No percorrer de sua história, muitos mestres e frases marcantes são marcos em sua trajetória.

No caminho barulhento e cheio de agitação, vida começava a propiciar mais escuta, autoescuta e atenção.

Muitas vivências significativas e cheias de sincronicidade, abriram espaço para a voz da espiritualidade.

Deixou de ouvir tanto e externo e foi encontrando cada vez mais sua voz em seu espaço interno.

Desafiador em muitos momentos, se tornar irreconhecível pelo encontro com as sombras, ego e seus elementos.

Mas queria seguir caminho no autoconhecer para em sua totalidade se reconhecer.

Viveu o que veio de peito aberto, sempre com coragem, aceitação e cada vez mais a quietude por perto.

Da arte que nunca se afastou, encontrou novo caminho que pros astros a levou.

Nova paixão. Mesma força e determinação.

Agora muito mais inteira pra viver o caminho de forma mais serena, mas sempre verdadeira.

Tudo em seu caminho foi acrescentado em tempo e necessidade pro seu crescer e descoberta serem harmoniosamente aproveitados.

Pessoas, conhecimentos, lugares, tudo foi instrumento para seu caminhar e encaminhamento.

De passo em passo, foi escutando cada vez mais sua própria voz e de seu silêncio apropriado fez foz.

É seu lugar sagrado e essencial, que hoje leva consigo de forma natural.

Recuperou brilho, espalha luz e confia muito mais no destino que lindamente a conduz,

Agregou experiência, aproveitou vivência e hoje entrega o que vive com leveza e transparência.

Lindo processo de se permitir perceber e de um novo auto espaço renascer.

Com certeza um processo de constante evolução, que enquanto vive, faz seu servir e missão.

A pequena criança, hoje grande mulher e lindo ser que não tem medo da vida nem do viver.

Sabe que pode no barulho estar, porque sempre terá um espaço dentro de si pra sua própria voz no silêncio escutar.