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O brilho que há em mim

Dani nasceu luz. Desejada. Esperada. Amada. Sentiu presença. Presenciou mudança. Viveu as mais diversas tempestades, para só depois conhecer a bonança. Entendeu que história constrói, mas não define. Tomou posse de si e entendeu ser sublime.

Já na infância, a menina que nasceu luz, foi descobrindo que, tal como sol em dia nublado, a vida ia pedir força para romper as nuvens e se fazer presente em intensidade, calor e alcance.

Lidar com o pouco recurso, com a invasão do não respeitado, com a distorção do amor projetado. Como entender que amor não dá escolha, amor não dá voz?… Na lição do amar que recebia, entendia que quem ama não brilha. Quem ama não questiona, só obedece. Quem ama esconde seu brilho e ainda agradece.

Ainda cedo, quando a maternidade pediu passagem, aceitou o amor que com ela vinha, mas percebeu o padrão que a vida mantinha. Sim, porque na falta de maturidade, a menina, que já estava entregue à sombra, ainda não entendia que brilho não se ofusca, luz não se esconde. E dependia dela e só dela, romper as nuvens da sua realidade e despertar para não manter opaca, o que era sua iluminada identidade.

Doce criança. Lindo coração. Na certeza de sua centelha divina, mantida acesa bem lá no fundo, escondida em seu interior, continuou arrumando forças para algum feixe seu transpor.

 

Na generosidade, no amor e na gratidão, fazia o seu melhor, frente tantos desafios. Buscava realidade dentro da dificuldade. Mas confrontava sua submissão com compreensão. Procurava a transformação do silêncio em voz. Mas enfrentava a não expressão com auto depreciação.

Onde estava a força para a centelha virar feixe e o feixe virar raio? Nela, sempre nela, mas também só nela estava o poder de romper suas densas nuvens. Quanto peso. Quanto mais buscava seu dia lindo e iluminado de sol, mais nuvem se fazia no seu céu cinzento.

Queria um estudo que não tinha, uma liberdade de ser que não vinha. Por que o calar insistia, se na agora mulher, o silêncio não mais existia?  Queria o que sua alma sempre e somente ansiava… ter voz, ser som. Encontrar seu próprio tom….

Era incompreendida. Confundiam sua busca com insatisfação. Confundiam seu movimento com ingratidão. Tolhida em seus sonhos, a menina que sempre foi compreensão, virou mulher com ímpeto de expressão. Buscou estudo a qualquer preço. Tentou no suor do trabalho, o seu sustento. Procurou na sua história seu intento.

Mas tal qual dia vira noite, suas forças se esgotaram. O céu se fez escuro e, por um segundo, ela quis o silêncio… No desespero do não conseguir irromper tão densas nuvens, de se imaginar quase que sem nenhuma luz, buscou de vez a escuridão… Momento triste de refúgio. Instante único de resgate…

Quando o brilho te é destinado, o escuro total é questionado. E na busca pela eterna escuridão, ela encontrou a força que tanto procurava para a transformação. Na reflexão, encontrou a tão almejada expressão. Na experiência, encontrou a auto gerência. Ao pé do escuro e do silêncio, descobriu seu brilho e seu grito.

Na posse do auto brilho que sempre teve, percebeu a construção de sua jornada. Quem havia se tornado durante a sua caminhada. Deu voz a si, encontrou um tom que é autenticamente seu e escolheu um recomeçar…Entendeu que o essencial é ressignificar. Buscar ser dona de si, tomar a responsabilidade. No novo olhar, percebeu sua grande oportunidade.

Assim fez, assim faz. Hoje, tem na imagem, sua linda e doce identidade. No coração, permanece a sua verdade. Na alma, a inquietude constante pela felicidade. E nesse profundo descobrir da sua centelha de luz, redescobriu sua missão. Ser sol, na vida de quem busca as nuvens. Levar sua voz e seu tom, sua chama intensa, para todo aquele que precisa romper o silêncio, entender a lição do auto brilhar.

 

E o maior e mais importante grito, compartilhar sua transformação pro brilhar para quem necessita entender que, nunca a escuridão é uma escolha enquanto se tem uma centelha de vida a te iluminar!