Preenchida de liberdade
Muitas vezes nosso caminho não tem explicação, mas faz todo o sentido quando se olha pro passado e se busca compreensão.
Acontecimentos inadmissíveis e muitas vezes desproporcionais, podem ser ressignificados como necessários e até especiais.
É a beleza da vida que pode ser enxergada quando no melhor foco ela está sendo construída.
O fato e a dor estão lá e são ensinamento, mas no hoje já sararam e não trazem mais sofrimento.
O que te priva e te coloca em alerta, pode ser seu caminho pro que te preenche e te liberta.
Como saber? Não tendo medo, vivendo e deixando a vida acontecer.
No vazio e na contração, sabedoria da vida leva a gente pro transbordar e pra expansão.
E nesse movimento como um pulsar de coração, a gente vai encontrando um caminho possível no equilíbrio dinâmico que é a evolução.
Ana Paula tem muita história pra contar e cada uma delas é um capítulo que mostra a importância do ser e do estar.
Desde pequena aprendeu a fazer seu melhor, mesmo sem condição e lugar, precisou aprender a ser maior.
Infância conturbada, teve criança e liberdade privada.
Sentiu cedo o peso do adultecer e da responsabilidade em
cada momento de falta e necessidade.
Trocou muitas vezes de lugar porque vida a colocou como responsável do seu próprio lar.
Privada de leveza e de fase tão importante e delicada, foi enxergando a vida com lente assustada.
No crescer do caminho, decidiu fazer diferente do que recebeu e focar no cuidado e carinho.
Expandiu, e no outro extremo família construiu.
Dedicação intensa e exclusiva, com muitas características ampliadas e até excessivas.
Era o contraponto do aprendizado, que levaria pra um centro mais sereno e em si apaziguado.
Papel de mãe e esposa em tempo integral, que foi sendo revisitado através do emocional.
Tanto cuidar e cuidado e agora estava chegando a vez de si mesma se colocar em atenção pro potencial ser aflorado.
No tudo encontrou vazio inexplicável, que só dentro dela foi possível se fazer explorável.
Era vez da alma em contração, trazer liberdade, legado e expansão.
O esquecimento deu lugar ao pertencimento.
O perder-se foi necessário pra encontrar-se.
O privar foi instrumento para descobrir o valor que existe no ser livre e se libertar.
No viver dessa nova etapa, novo desafio surgiu. Era o equilibrar da balança que nova fase pediu.
Foi de um lado a outro pra viver e sentir e agora estava pronta pra do livre equilíbrio ressurgir.
Se percebeu detentora de liberdade de ser, ir e vir e escolheu ficar onde fez sentido o seu sorrir.
Quanto ganho e crescimento em processo desafiador de alinhamento.
Mas sempre tudo vale a pena, se diante da grandeza da vida se coloca pequena.
Quantas lindas e grandes lições existem no caminho e no conectar dos corações.
Hoje vive e entrega autoconhecimento como processo libertador, porque trilhou o que veio nesse caminho curador.
Dona de si e de uma nova e linda versão, traz experiência e vivência que une geração.
É melhor do que foi com certeza e em cada lugar e papel oportuniza presença e beleza.
Faz de exemplo, caminho e verdade porque sabe que por onde for vai preenchida de amor e liberdade.