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Quando escolhi decidir…

Quando a vida não dá poder de decisão, você precisa escolher como ver e como agir. Vai construindo o caminho, conforme acontecimento permitir. Não tem certo nem errado. Tem apenas a escolha do momento. Mas tudo está sempre certo, se acreditar no encaminhamento. Vem conhecer a Julianny e entender, que momento de decidir também chega, depois de tanto com as escolhas aprender…

No véu da ingenuidade, construiu infância leve e doce. Tudo acaba em brincadeira, independente do que fosse. Nas lentes da inocência, não via problemas de gente grande. Via apenas felicidade, onde destino “escondia” realidade.

Pai e mãe, sinônimo de amor. Tentando fazer o melhor, cada qual foi escondendo sua dor. Legado de educação. Hábito da comemoração. Tudo mostrou caminho para sua linda missão.

Mas antes de decidir, foi preciso muito aprender. Com amor ou com dor, destino se faz de escolher. Escolheu ser forte. Escolheu substituir. Luto de amor, nem se permitiu sentir. Seguiu em frente, sem olhar para trás. Sempre busca escolha certa, para tudo que Universo traz.

Na brecha do coração, a ausência do amor e de seu ente querido. Na força da razão, a certeza do caminho escolhido. Menina doce, de ar infantil. Alma forte, cheia de brio. Tomou pra si, papel e posição. Abraçou muito, e deixou de lado sonhos e emoção. Fez o que foi possível, para aguentar a dor da separação. Vida que vida ceifa, é sempre dura lição. Trabalho, estudo, tudo feito muito bem. Mas ainda sem o brilho nos olhos, que hoje Julianny tem.

A vida ainda muito ia decidir, até mulher linda e leve poder por si mesma sentir. O que é bem, o que é bom. O que dói, o que é em vão. O que é sim, o que é não. Mas, mesmo na aparente desestrutura, tudo teria um porquê, se lembrar de lição de vida futura.

Com tudo que seus olhos iam enxergando, foi construindo melhor realidade. Começava a perceber tudo, com os olhos da sua verdade. E foi no luto de uma relação, que iniciou sua linda transformação.

Não basta de família trocar, se não continuar o amor conjugar. Não basta por companhia escolher, se o outro, ao ninho, não quer pertencer. Não dá pra pensar em continuidade, enquanto outro preza mais sua individualidade. E no luto do sonho não nascido, Julianny completou o ciclo do não decidido.

Tira lente do amenizar. Vai na vida, sua transformação encontrar. Mulher forte, leve, cuidadora, tem que olhar tudo com lente transformadora.

A preparação toda foi feita. Toda escolha foi perfeita. O que pôde e o que deu, o melhor que cada momento rendeu… Agora ela pode mais! Mais ela merece! Olha no espelho e gosta, ama o que reconhece.

Entendeu a importância do decidir, quando o destino, de novo, fez ferir. Compreendeu e não perdeu tempo. Decidiu por ela. Escolheu ela. E fez disso seu maior momento. Juntou tudo que não viveu. Mostrou lutos que escondeu. Aceitou o que devia e devolveu pra vida tudo que não a pertencia. Assim, concluiu com mérito, outra etapa complicada. E hoje organiza vida, que sempre sentiu desestruturada.

Aprendeu que primeiro é a gente com a gente mesmo. E é sempre assim. Eu decido primeiro, gostar de mim. Compreendeu que ser sozinho não é solidão. É companhia perfeita, é início de lição. Só assim fica inteira e aberta, pro que destino fizer oferta. Seguir na emoção. E na história enxergar construção. Levar recado pro mundo que tudo é, por um motivo e intenção e, no final das contas, a gente deve sempre agradecer, crescer e se colocar em comemoração.