Silenciar o ouvir pra buscar o escutar
Tramas e enredos, tal qual filme de ficção. Vida às vezes escreve nossa história, muito além da imaginação. Ela leva a sério, com pitada de brincadeira, desafios que transformam uma vida inteira. Traz capítulos cheios de emoção, pra cada um encontrar sentido e corrigir direção. Na correria do dia a dia viver, a gente corre e acaba por se esquecer. Aí ajuda aparece e tal qual efeito especial de cinema, coloca tudo diferente do que normal parece. Mas ela sabe o porquê e a razão, sabe meio de se fazer ouvida e de aguçar audição.
Alessandra nasceu linda, tal qual atriz de cinema.Por onde passa, até hoje, seus lindos olhos e simpatia roubam a cena. Na sua narrativa, perda da mãe foi tristeza, mas deixou menina criar laço com o pai e vó se fazer fortaleza. Infância feliz e cuidada. Recebeu carinho, amor, tudo pra crescer saudavelmente mimada.
Iniciou cedo seu enredo de aventura, buscando protagonismo e força na postura. Família, estudo, trabalho, união tudo com força e resiliência. Mesmo com trilha difícil, foi ajeitando tudo com prioridade e paciência.
Maternidade dobrada, trouxe encantamento e doçura pra melhorar ainda mais sua jornada. Família linda, cheia de conexão. Escreveu seu enredo ainda mais repleto de emoção.
Formação diversificada levou à carreira de forma multipotencial. Realizou vontade do estudo e conhecimento, conquistando muito além do material.
Tudo tão belo e perfeito, tal qual romance no cinema, com tudo que linda mulher tinha direito. Trilha sonora, protagonista feliz. Enrredo e narrativa como menina sonhadora construiu e quis. Mas ruído tinha chegado e foi se instalando como som à cada passo dado. No imprevisto da trama pra trazer suspense e ação, vida fez “picada” virar fonte de silêncio para audição.
Ruído não é música, chiado não faz composição. Barulho que acompanhava mulher agora, pedia sua atenção. Envolvida na narrativa da vida precisou sua trilha sonora pausar. Precisava compreender o que vinha com o grande impasse de escutar.
Tal qual suspense, muito estava por vir. Grande reviravolta na história como antagonista o ouvir. Precisava encontrar o centro e a mente silenciar, pra aprender seu próprio coração escutar. Compreendeu que muito ouvia e pouco escutava, o que tirava um pouco do brilho da sua linda jornada.
Deixar de ouvir foi seu momento pior. Mas foi momento necessário para compreender que o que a gente precisa é ouvir melhor. Ouvir melhor, que na verdade é escutar. Calar a mente um pouco e deixar o coração falar.
No silenciar da sua trilha, silenciou também ruído. Recuperou toda a beleza da música da sua vida, num momento sonoro bem melhor construído. Aprendeu mais sobre o hoje e sobre o aproveitar. Tirou da sua linda trama, a palavra postergar. Continua com sua vida, tal qual cinema, cheia de vida e de viver em cada cena. Deixa sua história mais leve, com menos de tudo pra carregar e coloca com vontade e sentimento, toda a sua intenção nesse filtrar. Entra o que agrega e faz bem ao coração, o que não acrescenta na história, não faz mais audição.